NOTÍCIAS DO DIA
11/12/2020

Mercado: BOLSA E DOLAR

O Dólar caiu novamente e foi cotado hoje as 16:30 em R$ 5,060 na venda. O Ibovespa estava em 114.812,02 pontos e mostrava fôlego para subir para mais de 115 mil pontos.

Mas o mercado continua cauteloso e na retranca. O motivo para o pessimismo é a incerteza quanto a aprovação de mais estímulos nos Estados Unidos. A presidente da Câmara do país, Nancy Pelosi, sugeriu que as discussões em torno do pacote de gastos pode ficar para depois do Natal.

As negociações do Brexit também incomodavam os investidores, especialmente depois que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que existe uma "forte possibilidade" de o Reino Unido e a União Europeia não conseguirem chegar a acordo nenhum.

Enquanto isso, o mercado doméstico aguarda pronunciamento do ministro da Economia, Paulo Guedes, que participa hoje de audiência pública sobre as medidas de contenção à pandemia no Congresso.

O evento ocorre um dia depois de a Standard and Poor´s reafirmar o rating de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil em "BB-". A agência de classificação de risco apontou como motivo que a agenda de reformas fiscais no país tem evoluído de maneira lenta e que os próximos dois anos ainda deverão ser de déficits significativos nas contas públicas.

A tendência atrapalha os planos do mercado de zerar as perdas de 2020. Na véspera, a bolsa paulista recuperou o patamar dos 115 mil pontos e o dólar despencou a R$ 5,04, conforme investidores repercutiam a sinalização do BC que, na última ata do Copom, deu sinais de que pode aumentar a taxa de juros num futuro próximo.

Covid-19: ==> Foi aprovada a vacina da Pfizer para uso no Reino Unido e começou a ser aplicada a partir de 08/12.

A Pfizer afirmou que recebeu autorização de uso emergencial da Grã-Bretanha para a vacina contra a COVID-19.

"Essa autorização é uma meta pela qual temos trabalhado desde que declaramos que a ciência vencerá, e aplaudimos a MHRA por sua capacidade de conduzir uma avaliação cuidadosa e tomar medidas oportunas para ajudar a proteger o povo do Reino Unido", disse o CEO Albert Bourla.

"Conforme antecipamos novas autorizações e aprovações, estamos focados em agir com o mesmo nível de urgência para fornecer com segurança uma vacina de alta qualidade em todo o mundo."

O secretário de Saúde Matt Hancock disse que o programa começará no início da próxima semana. Os hospitais, disse ele, já estão prontos.

"É uma notícia muito boa", disse Hancock.

Enquanto isso, Um comitê de especialistas da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, em inglês), órgão regulador equivalente à Anvisa, aprovou na quinta-feira (10/12) o uso emergencial no país da vacina contra Covid-19 da Pfizer-BioNTech.

Black Friday

A Black Friday pelo jeito foi um sucesso. A data com grandes descontos é promovida pelo varejo, mas não são apenas empresas desse setor que dão descontos que parecem mentira.

Durante a promoção teve lanches por R$ 3,99, mensalidades de cursos de graduação pela metade do preço e até pizza por R$ 1.

Porém, mais importante do que isso, é quanto a Black Friday deve movimentar neste ano (aguardando ainda balanços finais). Se em 2019, segundo pesquisa da Ebit/Nielsen, o comércio eletrônico faturou R$ 3,2 bilhões na data, alta de 23,6%, a pandemia deve fazer esse valor se multiplicar.

Há empresas no setor, como a companhia de soluções para o varejo eletrônico Nuvemshop, que esperam movimentar um valor cinco vezes maior do que o registrado no ano passado. A Ebit Nielsen, por sua vez, acredita em alta de 27%.

O otimismo não é para menos. Segundo pesquisa realizada pela GfK, 54% dos consumidores trocaram as lojas físicas por compras por meio dos sites e redes sociais este ano.

Sim, o hábito da compra online entrou de vez na rotina do consumidor: mesmo após a reabertura das lojas físicas, o comércio eletrônico continua em crescimento: 58% das vendas do setor de informática são feitas digitalmente - apenas para citar um exemplo.

Os itens mais procurados serão smartphones (44%), TVs (37%) e computadores (36%), ainda de acordo com a GfK.

Elon Musk ultrapassa Bill Gates e se torna o segundo mais rico do mundo

A briga pela liderança do ranking dos mais ricos do mundo está mais acirrada do que nunca. Elon Musk, fundador da Tesla da SpaceX, ultrapassou Bill Gates, fundador da Microsoft, e agora ocupa a segunda colocação da lista de bilionários da Bloomberg.

A fortuna do magnata das tecnologias inovadoras cresceu US$ 18 bilhões em apenas cinco dias, saindo de US$ 110 bilhões em 17 de novembro para os atuais US$ 128 bilhões. Esse aumento exponencial é reflexo da alta das ações da Tesla, que vai adentrar o índice das 500 maiores companhias listadas em Nova York, o S&P 500.


O iPhone 12

O lançamento do novo iPhone 12 pela Apple fez jus às promessas anteriores da empresa: de fato, o celular será o mais veloz já produzido pela empresa. Com um processador mais potente (o A14 Bionic) e a conectividade com o 5G, a velocidade dos novos smartphones será, de fato, acima de tudo o que já foi apresentado. Mas talvez isso não seja o suficiente para alavancar as vendas da empresa.

A começar pela falta do carregador, que vai encarecer ainda mais os celulares (que já não são nada baratos). Os novos iPhones têm preços que vão de US$ 699 (iPhone 12 mini) até US$ 1099 (iPhone 12 Pro Max).

É verdade que o custo do cabo de carregamento não é tão alto assim (US$ 19 nos EUA e a partir de R$ 149 no Brasil), mas não deixa de ser mais uma barreira de entrada.

E essa mudança acontece em um momento mais complicado da economia global desde 2008: é o primeiro iPhone, desde o iPhone 3G (o segundo a ser lançado), que vai encontrar uma economia global em situação complicada.

O celular foi lançado no início da crise do subprime nos Estados Unidos (um pouco antes da quebra do banco americano Lehman Brothers). A diferença é que, naquela época, se tratava de uma grande novidade.

Agora, no entanto, muitos consumidores começam a se perguntar se, de fato, vale a pena ficar trocando de smartphone todos os anos. As novidades lançadas valem o preço? E todo o lixo eletrônico produzido com essa troca incessante não é uma preocupação?

Esse, aliás, foi o argumento da Apple para retirar o carregador da caixa que virá o celular. Como os carregadores de gerações anteriores podem ser usados, não justificaria colocar mais um no pacote, segundo a companhia presidida por Tim Cook. Mas essa medida específica em prol da sustentabilidade pode ter um efeito pesado para a empresa.

"Estão comprando uma briga gigantesca porque isso dificulta a migração de clientes de outras marcas para a Apple", diz Carlo Pereira, diretor executivo do Pacto Global da ONU no Brasil. "Pode ter gente pensando em migrar para outras marcas."

Brasil está bem-visto lá fora:

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil está bem-visto lá fora por ter dado "uma resposta fulminante à crise". A frase se refere ao encontro que Guedes teve, com seus pares e presidentes dos bancos centrais das 20 maiores economias do mundo.

"O Brasil voltou em velocidade alucinante, foi em V mesmo. Bateu lá embaixo e voltou", afirmou durante seminário online promovido pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).

Segundo Guedes, isso se deveu em parte ao trabalho coordenado entre o ministério da Economia e o Congresso. "Até sem combinar, eu achei que nós trabalhamos bem."

Sobre a reforma administrativa, o ministro afirma que lançou as bases de um funcionalismo com muito mais meritocracia e avaliação de desempenho. "Cada um dos órgãos que vai definir os quadros do funcionalismo futuro, quando que vai conseguir estabilidade", acrescentou.

No acumulado de 2020 o Real sofre queda generalizada em comparação aos seus principais parceiros comerciais:

O real brasileiro é a terceira moeda que mais perdeu valor frente ao dólar desde o início de 2020, em uma lista com 121 países. O país está atrás apenas da Zâmbia e da Venezuela.

Do começo do ano até hoje, o real acumula queda de 32% em relação ao dólar. 

Em Zâmbia, que vem de um processo de renegociação da dívida externa e de inflação descontrolada, na casa dos 15% ao ano, o kwacha caiu 29,8%. 

Na Venezuela, que também convive há anos com recessão e hiperinflação, o bolívar já caiu quase 90%.

A lira turca, com depreciação de 23,1% ante o dólar, o peso argentino (-21,4%) e o rublo, da Rússia (-19,9%), são outros que aparecem na lista dos 10 piores desempenhos do ano.

Entre as moedas latinas consideradas, o peso chileno, com perda de 4,2% ante a moeda norte-americana, e o boliviano, que está estável, são os que menos sofreram com a instabilidade global que levou a uma alta generalizada do dólar no mundo.

Entre aqueles que acabaram saindo desse chacoalho com a moeda mais forte estão países desenvolvidos como:

Japão, com alta de 2,8% do iene frente ao dólar;

Zona do Euro: a moeda única do bloco europeu subiu 4,3% ante a norte-americana.